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Sandra Cristina Ramos

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Sandra Cristina Ramos: Tablets no lugar de livros

Sandra Cristina Ramos: Tablets no lugar de livros: Ministro Mercadante defende tablets no lugar de livros para material didático “A inclusão digital é o futuro. O futuro não vai ser o livro,...

Tablets no lugar de livros

Ministro Mercadante defende tablets no lugar de livros para material didático
“A inclusão digital é o futuro. O futuro não vai ser o livro, vai ser o tablet. As crianças vão ler os livros digitais. Com isso, elas vão poder ter uma biblioteca sem limites e fazer pesquisas em todas as principais bibliotecas do mundo”, comentou Mercadante, em entrevista coletiva, após cerimônia de lançamento do Cinturão Digital do Ceará (CDC)..

(Link) do Ministro Mercadante

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Sandra Cristina Ramos: Os pobres valores que o vestibular ensina

Sandra Cristina Ramos: Os pobres valores que o vestibular ensina: Por Alessandro Martins – Livros e Afins A minha amiga Isadora presta vestibular como treineira na Universidade Federal do Paraná: como ain...

Os pobres valores que o vestibular ensina

Por Alessandro Martins – Livros e Afins

A minha amiga Isadora presta vestibular como treineira na Universidade Federal do Paraná: como ainda não concluiu o ensino médio, faz o vestibular só para treinar, sem o risco de roubar, ainda que temporariamente, a vaga de alguém.
Na hora da prova, percebeu que só tinha caneta azul. E, para preencher o gabarito, era exigida tinta preta. Antes do início do exame, pediu às pessoas em torno uma, emprestada. Embora muitas delas tivessem canetas extras, apenas um se manifestou.
- Você é treineira? – perguntou o rapaz.
- Sou.
- Então tome. Se você fosse concorrente, eu não emprestaria.
Imagino que todos em torno dela já estejam prontos para o mercado, sem a necessidade de que qualquer curso universitário os prepare para tal, como agora costumam prometer em letras grandes em neon: PREPARAMOS VOCÊ PARA O MERCADO.
Leia-se: ESTUDANDO AQUI VOCÊ SERÁ UM BOM EMPREGADO. Assim, ao negar a sua caneta preta, é por essa posição que você está lutando e, de quebra, vendendo barato seus valores mais nobres.
E não esqueça que, para ter a vaga de trabalho que antes você tinha como graduado, será necessária a pós-graduação. A vaga para qual era suficiente o mestrado pede agora o doutorado. E assim por diante. O nome disso: inflação acadêmica. Um ciclo cruel e inútil que, em algumas décadas – se não anos – implodirá.
Mas, se você entendeu que a vida é muito competitiva e é preciso que, de jeito nenhum, você empreste sua caneta preta, não se preocupe: você já está pronto para pisar nos seus adversários. Não esqueça de pegar seu diploma na saída da sala.
É por essas e outras que considero o sistema de ensino atual uma piada.
A competitividade é tão estúpida que a vaga que iria para um bom médico pode ser reservada para um estudante medíocre ou desinteressado na Medicina proprimente dita (ou seja lá qual for o curso) porque um dos envolvidos não tinha uma caneta preta ou porque não sabia extrair a raiz de um número imaginário.
Sou partidário de Rubem Alves, que diz que o vestibular deveria ser substituído por um sorteio.
“A primeira coisa do vestibular que me morde não é decidir quem entra ou não na universidade, mas a sombra sinistra que ele lança sobre tudo o que vem antes. As escolas são orientadas para o vestibular, e os pais logo de saída querem as escolas fortes para os filhos passarem no vestibular. A primeira conseqüência de ter o sorteio é que as escolas seriam livres para ensinar. Elas não precisariam preparar os alunos para o vestibular. Então, as pessoas poderiam ouvir música, ler e fazer o que quisessem. Seria a libertação das escolas para realmente ensinar.
Ele tocou em um ponto fundamental: o vestibular não é nocivo porque torna difícil a entrada na universidade de uma classe desfavorecida.
Ao contrário, hoje em dia – considerando que a universidade tem preparado, na maioria das vezes, não o pensamento crítico, mas a massa empregada e dependente -, sorte de quem declina do convite à vida acadêmica.
Mas é nocivo sim porque o vestibular, como instituição, joga a sua rede de inutilidade em todos os anos anteriores do estudante. E, como pudemos ver através da história de minha amiga Isadora, sobre sua capacidade de ver a pessoa ao seu lado como semelhante. E não como adversário.
Percebe como, a partir daí, a escola deixa de ensinar coisas realmente importantes?
Por falar nisso, você me emprestaria sua caneta preta?
Esqueci a minha.